Notícia

O crescimento dos FIDCs no mercado brasileiro

Atualmente, o universo de investimentos estruturados no Brasil é representado principalmente pelas classes FIP (Fundo de Investimentos em Participações), FII (Fundo de Investimentos Imobiliários) e FIDC (Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios) – classe que vem ganhando força à medida que o produto tem ganhado popularidade, principalmente pelo cenário de alta de juros que vemos hoje no país.

Os FIDCs foram criados para comprar diversos tipos de direitos creditórios como recebíveis comerciais (duplicatas, cheques), crédito consignado público ou privado, crédito imobiliário, do agronegócio, financiamento de veículos, títulos mobiliários, contratos, dentre outros. Muitas pessoas acham que os FIDCs são utilizados somente para compras de duplicatas e cheques, mas na verdade, os FIDCs podem e são utilizados para comprar uma ampla gama de direitos creditórios.

Apesar dos FIPs ainda terem mais representatividade em termos de patrimônio líquido, os FIDCs lideram quando o assunto é número de fundos, somando hoje 1.551, com um patrimônio líquido de aproximadamente R$ 276 bilhões, de acordo com os dados da ANBIMA divulgados em janeiro de 2022.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Anbima

 

Em termos de captação líquida (aplicações – resgates), os FIDCs representaram a segunda maior captação quando comparado a todas as classes de investimentos tendo um recorde de crescimento ao longo de 2021 de R$81,7 bi com adição de 324 FIDCs. Isso representa +41% de crescimento em patrimônio líquido e +21% em número de FIDCs ficando a frente das classes de Ações, Multimercados, Cambial, Previdência, ETF, FIP e FII.

Fonte: Anbima

 

Este crescimento expressivo, de cerca de 16% ao ano, pode ser explicado por três principais vantagens que a classe de FIDCs oferece dada a sua estrutura: rentabilidade, segurança e liquidez.

A rentabilidade das cotas dos FIDCs é superior aos investimentos em renda fixa tradicionais. Como exemplo, as cotas de FIDCs na classe sênior possuem uma rentabilidade média ao redor de CDI+3% ao ano em comparação aos fundos DI/Renda Fixa, CDBs, LCAs, LCIs que rendem na média entre 100% CDI a 120% CDI de acordo com o emissor.

Outro ponto importante é a liquidez, com prazo de resgate em até 29 dias. Existem também FIDCs com prazos de resgate mais longos podendo chegar a 7 anos ou mais. Em contrapartida, este tipo de FIDC paga uma taxa mais alta ao seu investidor.

 

Investir em FIDCs também é bastante seguro e interessante devido aos seguintes pontos:

  • Excelente produto para capturar a alta de CDI.
  • Previsibilidade de rentabilidade.
  • Diversificação em crédito estruturado.
  • Estruturas de proteção para o investidor como seguro de crédito e garantias reais.
  • No evento de inadimplência, as cotas juniores são afetadas primeiro, seguidas das mezaninos. Logo, as cotas seniores possuem uma proteção maior do que as demais.
  • Mercado regulado pela CVM (iCVM 356) e pela ANBIMA (código de autorregulação).
  • Governança forte com diversos prestadores de serviço como administrador fiduciário, custodiante, gestor, consultor, auditoria de lastro, auditoria das demonstrações financeiras, empresa responsável pelo rating das cotas, assessoria jurídica, dentre outros.